Decisão de Lewandowski “abre brecha” para Cunha pedir pena mais leve, diz presidente da Câmara 5v425v

  • Por Jovem Pan
  • 08/09/2016 08h35
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Brasília - Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fala com a imprensa sobre a votação do parecer do Conselho de Ética recomendando a cassação do mandato de Eduardo Cunha (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr presidente da Câmara

O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) tem “convicção” de que haverá quórum no plenário na próxima segunda (12), quando está marcada a sessão para votar a cassação de seu antecessor Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Maia acredita que a decisão do presidente do STF Ricardo Lewandowski durante o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff no Senado, de acatar destaque de petistas e permitir o fatiamento dos votos de cassação e perda de direitos políticos, “abre uma brecha” para aliados de Cunha. 

“Na hora em que ele (Lewandowskis) diz isso, que é uma proposição em que caberia destaque, em tese ele pode ter aberto a possibilidade de uma questão de ordem questionando isso na Câmara, e hoje não é possível”, disse o presidente da Câmara em entrevista exclusiva à Jovem Pan. Ou seja, aliados devem propor como pena a Cunha “algo intermediário em relação à proposta do Conselho de Ética”, cujo relatório pede a cassação do peemedebista.

Maia afirma que já tem analisado a questão, mas não decidirá sozinho se aceita ou não a possibilidade dos destaques. “Na hora eu vou devolver essa decisão para o plenário”, antecipou.

Mesmo com a “brecha”, Maia explica que os casos de Dilma Rousseff e Eduardo Cunha são distintos. “A Dilma separou as penas. Nesse caso não dá, é diferente”, afirmou. O que os amigos de Cunha devem requisitar, aguarda Maia, é o “voto separado pela suspensão, não pela cassação. Esse é o debate que tem sido feito há alguns meses”.

Ou seja, o deputado acusado de mentir à I na Petrobras quando disse que não tem contas no exterior pode ficar apenas suspenso por alguns meses da Câmara, mas sem perder seu mandato ou direitos, pena ainda mais leve que a de Dilma.

A sessão para definir o destino de Cunha está marcada para as 19h do dia 12, podendo adentrar a madrugada de terça-feira (13). A colunista Jovem Pan Vera Magalhães disse também que já há movimentação para remarcar a votação para a terça mesmo, caso o quórum de 400 deputados presentes não seja alcançado na segunda.

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