Governo italiano afirma desconhecer localização de Carla Zambelli e diz que Bolsonaro não tem cidadania do país 76r29
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Em resposta a questionamentos feito por parlamentar de esquerda, Ministério do Interior informou que deputada entrou no país antes de ser incluída na lista de foragidos da Interpol

O Parlamento italiano discutiu nesta sexta-feira (13) a situação da deputada Carla Zambelli, do PL-SP, que se encontra no país após deixar o Brasil. A parlamentar saiu do país para a determinação de pena de dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Zambelli chegou ao aeroporto Fiumicino, em Roma, no dia 5, utilizando um documento italiano, já que possui dupla cidadania. Desde sua chegada, sua localização permanece desconhecida. Durante a sessão, o deputado Angelo Bonelli, do partido Verde e de Esquerda, levantou questões sobre a ausência de prisão de Zambelli ao entrar na Itália e indagou como o governo italiano pretende responder ao pedido de extradição feito pelo Brasil. A subsecretária do Interior, Wanda Ferro, esclareceu que o pedido de prisão para extradição foi formalizado após a entrada da deputada no território italiano, o que impossibilitou sua detenção imediata.
Ferro também mencionou que as investigações para localizar Zambelli estão em andamento e que as forças de segurança italianas estão em contato com as autoridades brasileiras para resolver a situação. Além disso, ela também foi questionada sobre a cidadania italiana do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos, e respondeu que enquanto não houve solicitação de reconhecimento de cidadania por parte de Bolsonaro, seus filhos já obtiveram a cidadania italiana.
Bonelli criticou a postura do governo italiano, alegando que ele estaria oferecendo proteção a Zambelli e não teria implementado medidas adequadas de monitoramento. “São vocês que estão dando cobertura a essa senhora. Todos sabem das conexões políticas entre a Liga [partido do vice-premiê Matteo Salvini, de ultradireita] e o partido de Jair Bolsonaro”, afirmou Bonelli. “Meloni está assumindo uma responsabilidade política e diplomática impressionante. A Itália não pode se tornar o paraíso de foragidos, golpistas e criminosos”, completou.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias
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